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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

ambíguo

éramos assim, um estilhaço
de tudo que fomos, latente passado
a lembrança do teu peito contra o meu
qualquer loucura, nossas risadas
tantos planos e contradições
agora resumidos a nada.
onde será que nós erramos
onde ficaram aquelas imagens
a tua voz, todo teu jeito
ecoando por esses corredores vazios
no fundo da minha memória.
não se sabe de mim, ando contraditória
querendo um pouco de ti
em tudo que eu faço
querendo um pouco de ti
em cada pedaço
cada cédula, que ainda não sabemos ler
por onde, errando
vamos rabiscando a nossa história.