quero levantar e me cercar de todos meus textos
aspirar um novo mundo, daqui pra frente, só meu
erguer essa muralha, desenhar meus passos infalsos
recomeçar a partir do nosso adeus.
levo todos os cheiros, pedaços de ti, tua compaixão
no fundo da retina uma imagem distorcida
do que nunca foi real, do que nunca aconteceu.
ando suspeita de mim, uma palavra que me entrega
uma forma de olhar e ceder a tudo, um paralelo
quero uma base, entender o sentido disso tudo
tenho uma confusão que me habita, uma meta
quero erguer essa muralha
juntando pedaços de tudo que me cerca.
.
-
de outras vozes e timbres, em toques de confusão se desenhava o destino como um trem descarrilhado levando ao desconhecido em todas as po...
-
o voo inicia com o primeiro passo um espetáculo sem espectador enquanto mordo o lábio ele docemente reage sensível ao meu desejo abre a...
-
movimentos milimetricamente calculados na penumbra do quarto testemunha muda do desejo escorrendo pelos poros sabor do pecado que me enfe...
-
suspiro os versos mais teus que já escrevi meu íntimo se revela ao alcance dos olhos paisagem noturna por onde teu olhar passeia composiç...
-
quero um homem bem vestido que me sirva de abrigo no acaso de um temporal. quero o peito, o ombro amigo uma carta, pedaço antigo relata...
-
reviro os olhos, um quê desinteressado desejo o caos emocional do dia seguinte eu nunca senti isso antes entro no jogo e suo frio a noit...
-
ele me deixa feliz, me faz sorrir pelo simples fato de existir em meu mundo colore os tons de cinza da minha camisa me deixa sem jeito q...
-
aqui, no âmago dos astros ele nem mesmo é bonito, assim visto de perto é de uma natureza de tons mais escuros no peito palpita o coração...
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
domingo, 15 de agosto de 2010
passagem
tem tua camisa lá no fundo do quarto, tuas manias
você sabe que ficou teu jeito impregnado
e um pouco da tua rotina.
tua maneira de sentar ao violão, os teus dedos
tua voz atrás da porta e o teu medo
o barulho de cada passo no corredor.
ficou naquele travesseiro o cheiro do teu sono
um pacto quebrado no fundo do teu olho
coisas que a gente não sabe nem como
apagar e deixar pra trás.
na minha roupa veio um pouco da tua paz
teu jeito de não saber dizer adeus
talvez um novo sentido ou uma despedida
a algo que eu sempre senti, sempre fui
uma janela aberta pra um novo eu.
você sabe que ficou teu jeito impregnado
e um pouco da tua rotina.
tua maneira de sentar ao violão, os teus dedos
tua voz atrás da porta e o teu medo
o barulho de cada passo no corredor.
ficou naquele travesseiro o cheiro do teu sono
um pacto quebrado no fundo do teu olho
coisas que a gente não sabe nem como
apagar e deixar pra trás.
na minha roupa veio um pouco da tua paz
teu jeito de não saber dizer adeus
talvez um novo sentido ou uma despedida
a algo que eu sempre senti, sempre fui
uma janela aberta pra um novo eu.