vontade de te colocar debaixo da asa
como se indefeso, de tudo, fosse
como se teu passo pudesse
ser limitado à extensão do meu passo
andar no jogo do meu compasso
dividir o calor do meu ninho contigo.
vontade que me consome de te resguardar
de ti mesmo e da tua auto-destruição
tua tendência à ruína, à fraqueza
a inércia de tuas atitudes calculadas
sobre mim.
vontade de que fosse tudo que idealizo
em segredo
que correspondesse aos meus anseios
e caprichos.
vontade de que fosse meu, só meu
meu bicho.
.
-
de outras vozes e timbres, em toques de confusão se desenhava o destino como um trem descarrilhado levando ao desconhecido em todas as po...
-
o voo inicia com o primeiro passo um espetáculo sem espectador enquanto mordo o lábio ele docemente reage sensível ao meu desejo abre a...
-
movimentos milimetricamente calculados na penumbra do quarto testemunha muda do desejo escorrendo pelos poros sabor do pecado que me enfe...
-
suspiro os versos mais teus que já escrevi meu íntimo se revela ao alcance dos olhos paisagem noturna por onde teu olhar passeia composiç...
-
quero um homem bem vestido que me sirva de abrigo no acaso de um temporal. quero o peito, o ombro amigo uma carta, pedaço antigo relata...
-
reviro os olhos, um quê desinteressado desejo o caos emocional do dia seguinte eu nunca senti isso antes entro no jogo e suo frio a noit...
-
ele me deixa feliz, me faz sorrir pelo simples fato de existir em meu mundo colore os tons de cinza da minha camisa me deixa sem jeito q...
-
aqui, no âmago dos astros ele nem mesmo é bonito, assim visto de perto é de uma natureza de tons mais escuros no peito palpita o coração...
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
porta
entrei e fechei a porta, desconcertada
carente de mim e de tudo que já fui
quem seria esse reflexo no espelho?
não se parece nada comigo.
traço planos que não são meus
e se não derem certo, fecho a porta
desenhando essa linha constante e torta
por onde sempre te encontro
sem querer.
bato a porta do carro
talvez um último adeus a nós
um beijo de despedida sem mim
e sem a minha pretensão de insistir.
então, não te enxergo mais
por de trás daquela porta
vejo que fechei a porta
pro nosso amor.
carente de mim e de tudo que já fui
quem seria esse reflexo no espelho?
não se parece nada comigo.
traço planos que não são meus
e se não derem certo, fecho a porta
desenhando essa linha constante e torta
por onde sempre te encontro
sem querer.
bato a porta do carro
talvez um último adeus a nós
um beijo de despedida sem mim
e sem a minha pretensão de insistir.
então, não te enxergo mais
por de trás daquela porta
vejo que fechei a porta
pro nosso amor.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
monótono
quero que me consuma com todas essas coisas que eu penso
e leve consigo esse cheiro que ficou no travesseiro
o cheiro dessa lembrança, o cheiro do teu toque
da tua presença, do fato, do que aconteceu
do meu tato, tua nuca, teu cabelo, cada pedaço teu.
quero que chegue e duvide de mim, me imponha coisas
me faça pentear o cabelo com frequência, me cobre mais coerência
vista a fantasia de homem da casa, me apresente à tua rotina
fragmentos de qualquer coisa que te componha
pedaços da tua sina.
quero que surja insuspeito, como um flash, desconcertando o meu marasmo
levando embora esse meu maço de cigarros
me desfazendo de todos os meus vícios tolos, manias de mim
juntando as peças desse quebra-cabeça
escolhas que me fazem assim.
quero que chegue como uma brisa, leve, suave, consciente de si
e desfaça todos meus atos retilíneos
e na hora mais inesperada, se torne a tempestade
que assombra a minha monotonia.
e leve consigo esse cheiro que ficou no travesseiro
o cheiro dessa lembrança, o cheiro do teu toque
da tua presença, do fato, do que aconteceu
do meu tato, tua nuca, teu cabelo, cada pedaço teu.
quero que chegue e duvide de mim, me imponha coisas
me faça pentear o cabelo com frequência, me cobre mais coerência
vista a fantasia de homem da casa, me apresente à tua rotina
fragmentos de qualquer coisa que te componha
pedaços da tua sina.
quero que surja insuspeito, como um flash, desconcertando o meu marasmo
levando embora esse meu maço de cigarros
me desfazendo de todos os meus vícios tolos, manias de mim
juntando as peças desse quebra-cabeça
escolhas que me fazem assim.
quero que chegue como uma brisa, leve, suave, consciente de si
e desfaça todos meus atos retilíneos
e na hora mais inesperada, se torne a tempestade
que assombra a minha monotonia.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
conclusão
cheguei e me senti sozinha, perdida
enquanto ouvia todos os segredos
ditos pela tua boca em silêncio.
revivi cada toque, cada presença
me sentindo quem nunca fui
passageira de mim mesma
sem concordar com a minha indiferença.
não reconheço mais tudo que cri
apenas me limito
a deixar isso pra trás.
cheguei e ouvi tuas confissões
ao pé do ouvido
cada arranhão na tua pele, cada cheiro
impregnado na tua alma.
somos apenas o que gostaríamos de ser
a lembrança de um passado, tão fracos
apenas uma cicatriz em nossas vidas
que ainda não conseguimos esquecer.
enquanto ouvia todos os segredos
ditos pela tua boca em silêncio.
revivi cada toque, cada presença
me sentindo quem nunca fui
passageira de mim mesma
sem concordar com a minha indiferença.
não reconheço mais tudo que cri
apenas me limito
a deixar isso pra trás.
cheguei e ouvi tuas confissões
ao pé do ouvido
cada arranhão na tua pele, cada cheiro
impregnado na tua alma.
somos apenas o que gostaríamos de ser
a lembrança de um passado, tão fracos
apenas uma cicatriz em nossas vidas
que ainda não conseguimos esquecer.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
ambíguo
éramos assim, um estilhaço
de tudo que fomos, latente passado
a lembrança do teu peito contra o meu
qualquer loucura, nossas risadas
tantos planos e contradições
agora resumidos a nada.
onde será que nós erramos
onde ficaram aquelas imagens
a tua voz, todo teu jeito
ecoando por esses corredores vazios
no fundo da minha memória.
não se sabe de mim, ando contraditória
querendo um pouco de ti
em tudo que eu faço
querendo um pouco de ti
em cada pedaço
cada cédula, que ainda não sabemos ler
por onde, errando
vamos rabiscando a nossa história.
de tudo que fomos, latente passado
a lembrança do teu peito contra o meu
qualquer loucura, nossas risadas
tantos planos e contradições
agora resumidos a nada.
onde será que nós erramos
onde ficaram aquelas imagens
a tua voz, todo teu jeito
ecoando por esses corredores vazios
no fundo da minha memória.
não se sabe de mim, ando contraditória
querendo um pouco de ti
em tudo que eu faço
querendo um pouco de ti
em cada pedaço
cada cédula, que ainda não sabemos ler
por onde, errando
vamos rabiscando a nossa história.
contínuo
me percorre o corpo nessa tua dúvida de mim
vem e simplesmente te aproxima, me beija
encosta tua língua na minha boca, cede por um minuto
te libera desse teu pensamento.
entra por essa porta já tirando a camisa
me alisa e me aprende entre teus braços
me toma no acaso e não me deixa pensar muito.
vem que eu também to ardendo, to te querendo
liberar todo esse tesão, meu conto proibido
a minha fantasia de te lamber, te virar do avesso
nessa nossa folia a dois, coisa de momento.
inicia essa dança logo, suave. coloca a mão por debaixo da mesa
eu também quero esse teu pedaço sujo que é só meu, só meu pecado
nesse modo-contínuo, um texto confuso
misto de tesão, tua vontade
e o meu desejo confessado.
vem e simplesmente te aproxima, me beija
encosta tua língua na minha boca, cede por um minuto
te libera desse teu pensamento.
entra por essa porta já tirando a camisa
me alisa e me aprende entre teus braços
me toma no acaso e não me deixa pensar muito.
vem que eu também to ardendo, to te querendo
liberar todo esse tesão, meu conto proibido
a minha fantasia de te lamber, te virar do avesso
nessa nossa folia a dois, coisa de momento.
inicia essa dança logo, suave. coloca a mão por debaixo da mesa
eu também quero esse teu pedaço sujo que é só meu, só meu pecado
nesse modo-contínuo, um texto confuso
misto de tesão, tua vontade
e o meu desejo confessado.