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sábado, 5 de março de 2011

solidão

bagunça que não há nesses lençóis
essas paredes cada vez mais silenciosas
ausência de presença com a qual me deparo
cada vez que chego em casa.
braços que não mais me rodeiam
toda vez que vou dormir
vejo palavras diferentes
dos rabiscos antigos desse caderno;
estou me acostumando com a solidão.
algo me diz que não há motivo algum
pra pensar em ser triste
a presença mais ilustre desse teatro
está presente no meu respirar
eu mesma, e me pego distraída
pensando na boca que não mais me beija
desejando um bom dia.