provo da mesma bebida que ele, compartilho o copo
um veneno letal e queima, celestial, sublime
e ninguém pode nada contra esse crime
um beijo fatal, um toque, um gole no meu corpo.
ele me paralisa, me anestesia, me tira o tato
e me olha, debocha, some, faz pouco
de todas essas loucuras no meu quarto.
compartilhamos a mesma dor, o mesmo laço
isso vai e vem, já perdi meu compasso
o resto da decência, o pingo de orgulho
são 6h da manhã e não podemos fazer barulho.
por que ele não vem logo e se entrega
a esse pecado de mentir, fingir, ser personagem
de toda essa história maluca, isso é tortura
um ato de rebeldia que consome, pura bobagem.
um ato de auto-agressão, mentira de ambos
talvez tenhamos cometido um crime passional
entrando nessa, sem querer jogar o jogo.
agora estamos aqui, paralisados, estáticos
nos observando, ninguém pisca nem cede
e eu escuto a nossa música no rádio.
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