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quinta-feira, 24 de junho de 2010

dualidade

me deparo com algo que não satisfaz, tua alma
tuas cores, tua dor e tua calma
algo que não condiz com o nosso pacto
sempre vivemos nessa realidade
que não existe.
ao mesmo tempo quero fazer parte de ti
como um todo
te compreender e te decifrar a alma
em partes
quero que tua voz seja a minha voz
mas também não
quero um pouco dos teus casos, teu desapego
teus erros e acasos
e um misto da tua confusão.
ando à beira da tua dúvida, tua inconstância
quero decifrar esse sentimento, o caos
que fica na minha cabeça toda vez
que você vai embora.
observo um pouco mais de ti, teu jeito de criança
tua dualidade, teu pacto
a dúvida que tens, contigo mesmo
tua indignação e teu marasmo.
somos duas almas adversas
presas no mesmo laço:
talvez seja esse o nosso caso.