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quinta-feira, 15 de abril de 2010

anagrama

não sei até onde ele iria, o que faria
qual o tamanho da moral dele, quais princípios
não imagino o que ele faria pra agradar
o que ele aguentaria sem fugir, apelar
talvez ele seja apenas uma criança
com medo de se entregar.
essa é a minha nova obsessão, meu pacto
um acerto final comigo mesma, meu jogo
e quem dá as cartas sou eu.
quero dar um novo sentido a tua notória
falta de compaixão
ao teu cheiro na minha roupa e o teu não
é o meu desejo cretino, da tua boca
quase um pecado que eu cometi, um crime
à minha imagem de mulher, filha
mas talvez eu quisesse apenas me entregar
entrar no clima.
às vezes deixo escapar a minha subversão
um pouco da minha alma felina
coisas que você nem imagina, e eu sou capaz.
quero uma fonte de prazer interminável
fazer parte da tua rotina
te colocar nesse mundo de rendição
esse é meu jogo, meu lance mais alto
a tua vontade é a minha perdição.